segunda-feira, 3 de maio de 2010

30 ideias para ajudar a causa LGBT do seu jeito



MUITÍSSIMO INTERESSANTE ESSE PROJETO! VALE SUPER A PENA CONFERIR, SE ENGAJAR E CONTRIBUIR COM A CAUSA LGBT!


O projeto "30 ideias" foi idealizado pelo advogado Thiago Magalhães, 31 anos. Thiago é advogado formado pela (USP) e jornalista em formação e escreve o blog "Textos, Contextos e Pretextos de Introspective", em que fala sobre comportamento, gastronomia, turismo, noite e variedades do universo gay. Colaborador da revista DOM e fotógrafo amador. O projeto conta também com colaboradores de outras aréas do conhecimento.


ASSUMA-SE (autoestima, orgulho e aceitação)


1) Por mais que existam piadas, comentários, opiniões e até religiões reforçando o preconceito e a homofobia e tentando esculhambar os homossexuais, lembre-se de que a sua orientação sexual não vale menos do que as demais, nem é motivo de vergonha. Você não é melhor ou pior do que os outros (muito menos sujo, pecador, culpado ou doente) por ser homo, bi ou heterossexual. Sua sexualidade é apenas mais um detalhe sobre você, assim como a cor dos seus olhos.


2) Sair do armário pode ter um custo na vida pessoal que deve ser avaliado. Mas também pode trazer benefícios. O fim das mentiras é sempre um alívio. Vencido o estranhamento inicial, suas relações ficam mais próximas, profundas e autênticas, com parentes e amigos gostando de quem você é de verdade. Além disso, você faz sua parte para que a sociedade assimile melhor a diversidade, ao mostrar a ela referências diferentes dos estereótipos. Pense nisso e tome sua decisão, no momento oportuno e para as pessoas que julgar adequado (você não precisa dividir sua intimidade com todo mundo).


3) Dê apoio àquele(a) amigo(a) que saiu ou foi retirado(a) do armário. Mesmo se foi uma decisão precipitada ou as conseqüências foram desastrosas, jamais lamente ou critique. Um e-mail, um telefonema, um convite para um café (ou, em casos extremos, uma mãozinha para conseguir um novo lar ou um novo emprego), são boas maneiras de ajudar.


4) Não tenha medo de andar de mãos dadas, beijar e fazer as mesmas carícias que outros casais podem trocar em locais públicos. Ninguém tem o direito de pedir que você pare de fazer aquilo que é permitido aos demais. Expressar seu carinho não significa agredir ninguém e você não precisa ficar constrangido por isso.

5) Da próxima vez que você ouvir uma piada escrota ou um comentário maldoso contra homossexuais, não finja que acha natural, muito menos engraçado. Avalie quem são seus interlocutores e, se você achar que vale a pena, mostre que essas visões são fundadas em preconceitos e ideias inadequadas. Muitas vezes, o problema é de falta de informação (o que também vale para quem fala em “homossexualismo” e “opção sexual”). Você pode ajudar a mudar a mentalidade sem se tornar um patrulheiro chato.

6) Não semeie o preconceito interno. Você pode preferir alguns estilos, tribos ou grupos, com quem tem mais afinidade. Mas isso não lhe torna melhor do que os “afeminados” (ou as “masculinizadas”), pobres, nordestinos, negros ou gordos, nem lhe dá o direito de desprezá-los ou humilhá-los. Não faz sentido gays falarem mal de travestis, travestis falarem mal de lésbicas, lésbicas falarem mal de gays...


DEFENDA-SE (consumo, preconceito e justiça)


7) Exerça seu poder de consumidor. Boicote produtos e serviços oferecidos por empresas com posturas homofóbicas ou propagandas preconceituosas. O mesmo vale para programas de TV que ridicularizam homossexuais. Por outro lado, prestigiem

estabelecimentos que simpatizem com a causa – mas tente diferenciar os que são genuinamente friendly daqueles que não passam de oportunistas de plantão.


8) Você viu alguém levando um “coió”, sofrendo violência física? Chame a polícia imediatamente. Seja solidário e preste todo tipo de socorro à vítima que estiver ao seu alcance, sem se colocar em perigo. E testemunhe em favor do ofendido, caso ele decida prestar queixa. Pesquisas apontam que boa parte dos LGBTs que sofrem violência não relata o ocorrido a ninguém. Mas denunciar é a única maneira de atacar o problema e combater a impunidade.


9) Se você sofrer preconceito, discriminação e/ou violência em razão da sua sexualidade em qualquer lugar público, não se cale: denuncie. Quem está em São Paulo conta com o apoio da Lei Estadual nº 10.948 e não precisa expor sua identidade. Pesquise se na sua cidade ou estado há leis contra a discriminação, ou mesmo órgãos e delegacias especializados. Mesmo se não houver, o Ministério Público está em todo lugar e pode ajudar. Existem ONGs que podem ajudá-lo no contato com as autoridades.


10) Sofreu perseguições, humilhações, foi despedido por conta da sua orientação sexual? Reúna provas e testemunhas (ambas são indispensáveis!), procure um advogado e corra atrás dos seus direitos. Para quem não tem condições financeiras de bancar um advogado, a Defensoria Pública presta assistência jurídica gratuita e tem defensores especializados em LGBTs. O processo judicial levará tempo, mas a vitória proporcionará a reparação dos danos e ainda servirá de exemplo – para quem sofre processar, e para quem persegue pensar duas vezes.


11) Quando você se deparar com um site ou qualquer outra manifestação homofóbica na internet, denuncie à SaferNet. Faça o mesmo quando encontrar algo sexista, racista ou preconceituoso contra qualquer outra população.

ORIENTE-SE (informação e política)


12) Leia jornais e/ou assista ao noticiário na TV. Mantenha-se informado sobre o que acontece na sua cidade, no seu país, no mundo - e não apenas no meio gay.


13) Procure conhecer a história dos políticos em quem você pensa em votar. Você pode escolher candidatos mais comprometidos com os interesses da causa LGBT – e ajudar a evitar que outros militem contra nós e fechem portas importantes. Mas não vote em alguém só porque ele é homossexual ou aproveita para fazer palanque nas manifestações e depois some.


14) Saiba quais são os projetos de lei de interesse LGBT que aguardam votação: o que eles preveem e como eles podem mudar a sua vida.


15) Acompanhe a atuação dos parlamentares em quem você votou no que se refere às ações contra a homofobia. Pesquise se eles integram a Frente Parlamentar pela Cidadania GLBT. Comunique-se com deputados ou senadores e cobre deles apoio aos projetos e compromisso com a cidadania LGBT.


16) Registre seu apoio ao PLC 122 (que criminaliza atitudes homofóbicas em todo o território nacional) através do Alô Senado, um serviço telefônico que permite que cidadãos se manifestem sobre iniciativas em trâmite no Congresso. Basta ligar para 0800 61 22 11 e pedir que senadores do seu Estado, em especial aqueles que fazem parte da Comissão de Assuntos Sociais, votem pela aprovação do projeto. Se você não sabe quem são os senadores do seu Estado, a telefonista poderá informar. A operadora vai solicitar dados pessoais, mas não se preocupe: isso é apenas para evitar que uma mesma pessoa faça várias ligações. É seguro e gratuito. O mesmo pode ser feito por meio do site.


Para acessar as outras ideias clique no link do projeto abaixo.


PROJETO 30 IDEIAS PARA AJUDAR A CAUSA LGBT DO SEU JEITO

http://30ideias.blogspot.com/

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